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Chave Mestra

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Toda vez que ouço ou leio a palavra atleta para se referir à skatista, meu sangue começa a ferver!!!

Sendo assim posto novamente aqui um texto meu escrito para a Tribo Skate em novembro de 2001. Ajudem na campanha "SKATISTA NÃO É ATLETA!" espalhando o texto!

Em 1968 fui com minha família para Petrópolis, uma cidade imperial perto do Rio de Janeiro. Na bagagem levei o meu 1o skate, que era feito com um patins de rodas de borracha aberto ao meio e aparafusado numa tábua reta. Me lembro muito bem quando meu pai me levou num ringue de patinação onde brinquei um tempão com meu skate. E também me recordo dos olhares das pessoas que viam aquilo como uma coisa estranha. Um garoto andando sobre uma tábua com rodinhas. Algo totalmente inusitado e fora de propósito para muitos.

Desde então reparei que o Skate era diferente. E esse foi um dos motivos para eu me amarrar no bicho. “Um lance diferente, só meu”, pensei. Com o passar do tempo vi que o Skate estava formando um mundo novo graças aos seus adeptos que não cansavam romper novas barreiras na busca de novos terrenos e por que não dizer, novas formas de expressão. Veio o uretano, os skateparks, as manobras e o Skate sofreu uma expansão atingindo um universo muito maior, que aos poucos foi solidificando-se, tornando-se um “mercado”.

O “sistema” começou a absorver o brinquedo inocente e logo o lado do Skate como esporte começou a ser explorado. O Skate sempre foi algo inovador e principalmente, anárquico, no sentido de não existirem regras para se praticar. Você simplesmente anda. Não tem de interagir com terceiros, seguir regulamentos ou mesmo procurar um terreno específico para a prática. Se anda de Skate em qualquer lugar!!! Calçada, rua, quadra, pista, rampa, piscina, tubo, garagem, corrimão, guia, cozinha, sala, quarto...

Sempre me senti orgulhoso de fazer parte de uma galera criativa que valorisava a expressão individual e a diversão entre amigos. Acho o máximo a reutilização que fazemos de objetos e estruturas para torna-los fonte de prazer. Para muitos um muro é só um muro. Mas para um skatista pode ser uma fonte de prazer, "aquele" pico da hora!

O Skate nasceu de um ato altamente radical: separar um patins - um dos ícones do American Way of Life dos anos 50 - e transforma-lo em algo antes jamais pensado. Surfar no asfalto. O Surf nessa época já fazia parte da contra-cultura. Drop in, turn in and drop out diziam os Gurus da época Timothy Leary e William Borrougs que promoveram uma grande mudança na sociedade americana através das drogas e de pensamentos que incentivavam o modo de vida alternativo. Assim o lance era drop in, ou seja tomar ácido, turn in, sintonizar-se, e drop out - desligar-se do sistema. Com o mesmo objetivo, numa atitude muito mais saudável, o Skate tomou o lugar do ácido, e foi usado como instrumento por muitos para diminuírem o alcance do sistema em suas vidas e serem felizes com isso.

Quando John Lucero e Neil Blender, frequentadores assíduos do Skatepark Skate City, foram barrados por que estavam sem dinheiro para pagar as entradas naquele dia e assim impedidos realizar a sua arte, ficaram zoandando de Skate em frente a pista, dando slappies, rock and roll slides e outras manobrinhas. Neste momento estava configurando-se uma reviravolta que viria a acontecer com o Skate. Surgia o Street Skates. As pistas começariam a fechar. “Por que pagar se posso andar de graça nas ruas?” Era a pergunta que todos começaram a se fazer. O underground falou mais alto e mais uma vez deu seu drop out no sistema, no caso as “corporações” que os Skateparks e o Skate em si haviam se tornado. Algo difícil, complicado e com muitas regras a cumprir, principalmente nas pistas. Ao meu ver, na vida tudo passa por ciclos.

O Skate também. Há cada 10 anos há uma transformação que faz com que o Skate exploda e logo em seguida caia no esquecimento da grande massa. Mas, nem por isto deixa de existir. Pelo contrário, só ganha força e cresce! Já presenciei 3 desses ciclos e estamos na iminência de uma nova virada. O Skate espontaneo versus o Skate corporativo. “Skateboarding is not a crime” era a frase do adesivo lançado pela Santa Cruz na época em que o boom do Street Skate estava acontecendo, espalhando-se pelo mundo com uma força jamais vista. Veio a TV e os mega campeonatos feitos especialmente para as grandes redes americanas. O Skate passa a entrar na casa de milhões de pessoas que nunca sonharam que era fisicamente possivel de se fazer certas coisas apresentadas pelos skatistas, quanto mais vir a entender o que representava para cada um andar de Skate. O Skate passa ser um cara voando de um lado pro outro em duas paredes num Half Pipe ou subindo e descendo e pulando rampas no Street.

O totalitarismo cultural provocado pela globalização foi aos poucos transformando o Skate. A firma de Skate americana Consolidated manda muito bem em mais um de seus adesivos polêmicos com a frase “Skate não é um esporte” .

Sim! Skate não é um esporte. É muito mais que um esporte!

Sim! Skate não é um esporte. É muito mais que um esporte! Um estilo de vida, para muitos daqueles que querem dar um basta no excesso de regulamentações, códigos de conduta outras e imposições feitas pela sociedade e ter mais controle maior sobre suas próprias ações.

 

Já me questionei muito na hora de colocar os créditos nos programas de Skate que faço. Usar Nilton Neves ou Nilton Urina? Carlos Piolho ou Carlos de Andrade? Sergio Negão ou Sergio Fortunato? No fim das contas resolvi passar a creditar os skatistas como são conhecidos no nosso mundo, o mundo do skate. Negao, Piolho e Urina são como são conecidos este skatistas. E pronto.

Se você continuou a ler até aqui é que deve estar interessado em ver onde isto vai dar, ou pelo menos se perguntou “o que este maluco tá querendo dizer com tudo isto?”

Simples. Pra mim, skatista é skatista. Não é atleta. É muuuuuuuiiito mais que isso! Atleta é pouco para se definir um skatista. Um Skatista é um artista, um designer e seu produto são as manobras que executa e cria. Cada uma com sua identidade própria e pessoal como uma caligrafia, única, inimitável. Seu suporte são os inúmeros picos que explora com seu Skate na busca de satisfação e realização pessoal.

Como disse no Congresso Brasileiro de Skate, “o skatista não cabe numa caixa de atleta”... Certamente. Por que muita coisa vai ficar de fora...

Com o meu trabalho tive oportunidade de conhecer vários países e culturas diferentes. E uma coisa para mim é certa. Em todos os lugares skatista é skatista. Só no Brasil, de uns tempos pra cá, ele está sendo rotulado como atleta!!! Fico triste depois de todos estes anos de batalha deste movimento (contra)cultural que é o Skate, que possui identidade e características próprias e únicas, chegar ao século 21 e ver, que segundo muitos, os Skatistas agora foram reduzidos a simples atletas?!?!

Em vez de atleta, adoraria de ver melhores definições em revistas e campeonatos sobre quem vive para andar em cima de uma tábua com 2 eixos e 4 rodas . Sugiro algo mais Skate e menos sistema como: “o próximo skatista a se apresentar é...”

Texto escrito para: Revista Tribo Skate 74, novembro de 2001 Cesinha Chaves

Quando o Skate surgiu na década de 60, num 1º momento, as manobras se limitavam apenas ao solo. Nessa época as modalidades eram o Freestyle, Slalom, Banks e Downhill, e em todas elas as rodas mantinham permanentemente o contato com o chão. Com a evolução do esporte, novas modalidades foram criadas surgindo assim novas manobras.

Os aéreos começaram a ser aperfeiçoados na década de 70 quando a modalidade vertical deslanchou ajudada pelos Skateparks.
O primeiro aéreo inventado foi o de Front Side criado por Tony Alva, que é feito quando o skatista segura na borda do Skate com a mão de trás e voa de frente para a parede. Um segundo tipo de aéreo foi inventado por Tom Inouye, O Backside Aéreo, que é justamente o oposto ao de Front. Neste vôo, o skatista segura na borda do Skate com a mão da frente e voa de costas para a parede.
Passado mais algum tempo, Neil Blender subverte a ordem das coisas e inventa o Lien Air (Lien, de Neil ao contrário...). Um aéreo de Frontside, com a pegada de Back. ou seja, o skatista segura na borda do Skate com a mão da frente e voa de frente para a parede. Mais algum tempo se passou e Duane Peters veio com uma resposta ao Lien Air. Ele criou o Indy Air, o oposto do Lien Air. Neste vôo o skatista segura na borda do Skate com a mão de trás e voa de costas para a parede.
Hoje em dia são muitas as variações das manobras áreas. A grande maioria surgiu desses 4 primeiros tipos: Frontside Air e Lien Air, sempre de frente para a parede, ou seja, Frontside, e Backside Air e Indy Air, sempre de costas para parede, ou seja, Backside.
Em suma, se você ouvir em algum campeonato e ler a respeito de Frontside Indy (!?!?!), desconfie... pois tal manobra não existe!!!
Indy tem de ser de Backside, caso contrário é simplesmente o primeiro aéreo inventado, ou seja o Frontside Air.

Volta e meia esbarro com polêmicas absurdas sobre o skate. Para uns se você anda em half pipe é halfeiro… é prego. Se você não anda de street, não sabe nada de rua… é prego. Se usa capacete para andar em pistas… é prego. Se anda em pistas, não sabe nada de rua e de vert… é prego. Se você está começando timidamente em ladeiras... é prego. Se não sabe dar ollie… é prego. Se não sabe dar carving... é prego. Se só dá carving… é prego. Se for menina ou menino e tiver andando no calçadão com long… é prego. Se anda de long… é prego. Se só curte transições e baba por uma piscina… é prego. Se não é underground… é prego. Se não conhece o último vídeo daquela equipe pica das galáxias… é prego. Se é patrocinado por uma multinacional… é prego. Se não tem patrocínio… é prego. 

Sob esse ponto de vista todos somos pregos. 
O interessante é que muitos que se encaixam nessa filosofia discriminatória, assim que começaram a andar de skate, eram pregos, pois não sabiam andar direito ou fazer manobras, ter um bom estilo, e ainda não conheciam e viviam o skate a fundo. E isso é ser prego, correto - ou não? 
Pregos foram usados para unir em um pedaço de madeira as partes separadas de um patins, fazendo surgir algo novo. Quando o uretano foi descoberto, os horizontes se ampliaram e o skate começou a ser praticado em todos os tipos de terrenos, com skatistas encarando com um sorriso o que surgisse pela frente. 
O skate não tem dono, administrador, mediador ou o que seja.
O skate é de todos, sem classificações, rankings, estilos, preferências, modalidades, categorias, panelas, crews, etc…
Skate é deslizar em uma tábua com dois eixos e quatro rodas, indo do ponto A até o ponto B da maneira mais divertida para cada um.

“You're Never Too Old To Rock 'n' Roll If You're Too Young To Die” é o título de um texto que escrevi em 2008 sobre como via o Skate até então. Alguns sites e blogs como Tribo, Skate é Cultura, Skaters e Os Melhores do Downhill Slide publicaram e colocaram em discussão o assunto. Leia e opine também!

You're Never Too Old To Rock 'n' Roll If You're Too Young To Die

A música na era pré punk começou a ficar muito complicada... foi a era do progressivo com bandas com 8 teclados, uma penca de guitarras com trocentos pedais, 5 sets de baterias, sinos, canhão...
Aí você ia a um show e via aquela parafernália toda e falava "nossa! Eu nunca vou fazer isso! Isso é muito complicado...blá blá blá" e ficava vendo de longe, passivamente.
Corta para o punk rock.
1, 2 3 e rock 'n' roll.
Cru. Baixo. Bateria. Guitarra. Básico. Divertido.
Muitos passam a fazer também.
Do it yourself. Mudou tudo.
Corta pro skate moderno.
Manobras, manobras e manobras.
540, 900, switch, flip body varial crooked reverse...
Você vai a um campeonato e diz "nossa! Eu nunca vou fazer isso! Isso é muito complicado...blá blá blá" e fica vendo de longe, passivamente.
Corta para o ressurgimento do longboard.
Vento na cara. Rodas no chão.
Corta para as pistas de skate do século XXI.
Nesse novo século milhares de pistas de skate de verdade brotam - PISTAS e não palquinhos com ferrinhos e afins (só na Amérika já são mais de 2000!), curvas e mais curvas e transições e mais transições.
Velocidade. Linhas. Manobras em linhas.
O skate volta a andar novamente.
Rápido.
O skate volta a ser acessível e divertido.


Creio que o excesso de dificuldade no vert e street foi também o catalisador para que modalidades que quase nunca recebem cobertura de revistas e vídeos voltassem com força nova, como o downhill speed e o slalom, este último ressurgindo aos poucos com alguns amigos promovendo corridas de fim de semana até chegar aos grandes campeonatos mundiais como o de Hannover ou o de Paris, que é realizado no Trocadero, com a Torre Eifeil ao fundo.
Hoje, uma turminha seleta foca no profissionalismo e não na diversão.
São os famosos "atletas".
É o skate "técnico".
E para esses, ser skatista é aprender uma manobra nova a cada dia, explorar novos picos, evoluir fotografar e filmar, filmar e filmar.
Assim sendo, caras como Salba, Darrel e Alva, que andam constantemente em piscinas, em sessions insanas, não são mais "Skatistas...".
Isso sem falar nos caras do downhill botando pra baixo à milhão, sem dó ou piedade ou a galera que acelera forte por entre os cones e ladeiras. Ou me diga quando foi que estes caras aprenderam uma manobra nova? 
Para mim, ser skatista significa simplesmente gostar de andar de skate e a meu ver não tem nada a ver com ter de aprender manobras, evolução técnica constante ou skate profissional.
É vento na cara, deslizar por uma superfície rígida, controlando a velocidade, numa quase emulação do surf, que foi de onde surgiu o skate.

 

 


Ultimamente, parece que quase não se anda de skate mais.
Se treina, ou então se “trabalha”. Aí tendo a necessidade de haver fotógrafos, filmadoras, gerador e etc., para que se possa registrar a "evolução".**
Com essa visão, o rolé de longboard pelo calçadão, aquela descida maneira na ladeira com amigos de fé, uma pegazinho de slalom, uma session numa pista de skate (estou falando de transições) só andando e curtindo linhas e o próprio rolé não são considerados skate...
Então é o que?
Skate é algo muito maior que apenas manobras.
É um estilo de vida, instrumento de prazer, uma forma de expressão INDIVIDUAL, suor, alegria, amigos, viagens e mais, muito mais.
E cada um tem a liberdade de fazer do seu jeito.
Que tal discutirmos isso?
Cesinha Chaves
52 anos (em 2008...) Produtor de TV. Anda de skate desde criancinha e adora curvas e velocidade.
 
* Você nunca é velho demais para o Rock'n'Roll se é jovem demais para morrer” - trecho da música de 1976 "Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die" do grupo Jethro Tull).
 
** Depois de inúmeras tentativas, finalmente acertar uma manobra inédita num local que ninguém tenha acertado ainda, tudo sendo registrado em vídeo e foto, e nunca mais ter de repetir (fazer de novo, ou acertar de novo...) a mesma manobra no mesmo local.

 


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