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Já se imaginou vivendo de andar de skate? Tudo o que você tem que fazer na vida é acordar e andar de skate, sem horário, sem preocupações, basicamente fazer aquilo que você mais ama. E pensar que tem gente que ainda tem coragem de falar que é estressante e cansativo ser profissional, né?

É claro! Se você realmente acha que ser um skatista profissional é só isso, é ou porque você está muito louco e alienado, ou porque você vive num mundo de magia e encantos! Ser skatista profissional é difícil e desgastante demais, mas é claro que uma parte sempre vai dizer que é uma maravilha, porque é o trabalho dos sonhos deles.

A rotina da maioria dos skatistas profissionais na ativa inclui treinamentos periódicos, tratativas com patrocinadores e o stress sobre o que vão dizer ou postar em redes sociais, pois hoje o skatista profissional virou basicamente uma agência de marketing ambulante. Ele tem que dominar algumas mídias e sempre pensar três vezes pelo menos antes de postar qualquer coisa ou até mesmo antes de comentar qualquer coisa.

Pensa, toda semana ele tem que postar algo em que se dê destaque de uma forma ou de outra aos seus patrocinadores e apoiadores, mas é só manobrar e filmar? Não! O vídeo ou foto que você posta hoje tem que ser muito melhor que o de ontem, porque ninguém quer ver a mesma trick todo dia, todos querem novidades, você acaba contratando fotógrafos e video makers profissionais para fazer o trampo com você, para mandar manobras que muitas vezes você vai questionar se realmente é possível depois de errar 372 vezes, mas não pode desistir se quiser, porque esse é seu trampo. Diferente do skatista do dia a dia que ainda pode se dar ao luxo de olhar um pico e uma trick e pensar “melhor não”.

Ah! Sem contar as lesões, porque ai se abre um quadro novo, que é o de focar na recuperação o mais rápido possível! Vai levar 15 dias para se recuperar? Dane-se! O campeonato é este fim de semana? Dá um jeito! Mas a marca te obriga a correr? Não, mas você precisa do valor da premiação e não aparecer nas fotos e vídeos do campeonato pode não ser positivo para o seu relacionamento com seus patrocinadores. Sem contar que toda sessão de treinamento tem que ser postada, pois você está recebendo apoio do profissional da medicina, portanto você deve ajudar a divulgar ele para continuar recebendo o tratamento gratuitamente.

Mas tudo bem, né? No final você vai receber rios de dinheiro... É claro que não! Este é um mercado onde apenas os que têm mais engajamento e estão no top ganham um “salário” razoável e isso se trata apenas de no máximo uns 65 skatistas ao redor do país; os demais recebem muito pouco, isso quando recebem! Tem marcas que no máximo dão cotas de peças, ou seja, agora você também é vendedor! “Mas isso são só as marcas pequenas né?” Claro que não, tem marca grande que só paga em cota a maioria da equipe e só dois ou três têm um “salário”.

Basicamente, quando você vê um “atleta” reclamando de stress ou algo do tipo, saiba que a vida dele não é só dormir, andar de skate, festejar e pegar geral. Ser profissional demanda muita dedicação e empenho. Respeite o corre deles e não faça pouco caso de quem está no corre, pois só eles sabem o quanto se esforçaram e de tudo que tiveram de abrir mão para estar lá!

Agora, se vale a pena? Na moral, se este é seu sonho, faz teu corre e não olha para os lados, muitos vão dizer para você não levar tão a sério, ou ir para aquela balada em época de treino para campeonatos, mas só você que está correndo atrás do seu sonho que sabe o quanto vale a pena ou não. O skatista profissional vive três vezes mais a vida de um skatista normal. #eusouskatista


Marcelo Sanzoni 

Skatista, com o trabalho em mídia no Canal Eu Sou Skatista desde 2016, militante do skate e sempre focado em divulgar a cultura e a essência do skate, transmitindo pelo menos duas lives por semana no Instagram a mais de um ano e dando voz a lendas, skatistas do dia a dia e fomentadores do skate, aquele que já entrevistou do menino do bairro até Sergio Negão e Tony Hawk, sempre por amor ao skate!.

 

Respeito, união e liberdade, coisas que se encontra na essência do skate com muita frequência, com isso a sessão sempre acaba se tornando um show de risadas e alegrias, porém nem sempre acaba sendo assim, não são raras as vezes que acabamos presenciando ou vivenciando situações onde basicamente o problema acaba sendo o ego.

A base do ego é a personalidade de cada um, beleza? Isso todos temos, mas o problema é quando seu ego acaba se tornando algo muito grande e você de certa forma acredita que seu eu é maior e superior a alguns ou a qualquer outro a sua volta.

Muitas das vezes isso pode se tornar um problema ainda no começo de alguns no skate, onde a criatura se destaca no rolê em comparação aos seus amigos próximos e acaba meio que se colocando como mais que os outros, o problema disso é que isso pode acarretar a situações onde o skatista vai querer comandar os outros a sua volta ou até mesmo a querer peitar desconhecidos que estejam juntos no rolê, as vezes se colocando como o dono do pico. Por outro lado, numa situação similar o ego do skatista ainda pode levar ele a querer melhorar para se superar ou superar alguém sempre, situação onde muitas das vezes acaba criando um marreta!

Tirando que na real, o ego descontrolado começa a se tornar um problema sério quando ele se destaca em adultos, que ai estamos falando de empresários do skate, lojistas, mídias e até mesmo organizadores de eventos, que começam a destratar os outros como se fosse algo maior que tudo e também a querer manipular os outros sem o menor escrúpulo. É muito comum conversar com alguém que vive falando que nada dá certo na vida dela porque os outros estão passando a perna nela, mas por mais que estejam, não seria mais fácil dar dois passos para trás e retomar um caminho por onde essas pessoas não estejam? Seria, mas o ego inflado acaba levando elas para um caminho até que cômodo que é o de continuar na mesma e simplesmente apontar o dedo por ai. Esse é o caso de alguém que deu errado, mas e os que dão certo? Sim, esses são os piores!

O skatista que deu certo no meio do skate e tem o ego inflado, seja como for, dono de marca, lojista ou seja lá como, este é aquela figura que vai pisar nos outros, este é o que vai começar a excluir os outros e quando menos perceber vai sair dizendo que todos tem inveja dele quando estiverem falando mal dele, mas o básico que não percebem é que, os outros não estão te odiando porque você é fo#@, os outros te odeiam porque você virou um BABACA arrogante, esqueceu do skate, esqueceu da essência, aonde foi parar a humildade? Aonde foi parar a união? Estão todos soterrados embaixo do seu ego gigantesco que chega até a tapar sua visão!

Até para não estender demais isso, só quero deixar claro que isso não é uma indireta para ninguém, apesar que eu sei que vai ter gente que vai vestir a carapuça, mas aonde quero chegar é que queria que estas pessoas de ego inflado entendessem que o skate hoje, ainda é um grão de areia no mundo e vocês estão criando inimizades e situações desnecessárias que só atrapalham o role dos outros, tudo isso para se alto afirmar e até mesmo controlar o seu entorno, chega a ser triste ter que escrever sobre isso, porque este é um site de skate e a humildade deveria ser algo comum, e não algo a ser lembrada. #eusouskatista


Marcelo Sanzoni 

Skatista, com o trabalho em mídia no Canal Eu Sou Skatista desde 2016, militante do skate e sempre focado em divulgar a cultura e a essência do skate, transmitindo pelo menos duas lives por semana no Instagram a mais de um ano e dando voz a lendas, skatistas do dia a dia e fomentadores do skate, aquele que já entrevistou do menino do bairro até Sergio Negão e Tony Hawk, sempre por amor ao skate!.

 

A frase “Todo skatista é maconheiro” é bem comum de ser pronunciada, e não é de hoje, eu mesmo já ouvi de pessoas próximas, que não sei se esqueciam que eu sou skatista ou se achavam que eu era a exceção, ou simplesmente porque achavam que eu era mesmo maconheiro. Independente disto eu queria explicar um pouco da forma mais didática possível para leigos esta relação do skate e as drogas.

Só queria deixar claro, que vamos falar aqui do que a sociedade chama de “drogas”, que seriam as ilícitas, aquelas que a sociedade não aprova o uso por lei, mesmo sabendo que existem outras legalizadas que prejudicam seu organismo e seu psicológico de uma forma muito pior que outras ilícitas prejudicariam. (certo, assim os chatos já param de ler aqui!)

Para entender isso, primeiro você tem que entender uma das essências do skate, que é a Liberdade, e o que isso significa? Significa que se você anda comigo e me diz que fuma maconha eu mais que imediatamente vou cag@# para essa informação! Porque se você quer fumar, o problema é seu! Assim como eu não bebo e é bem comum me ver numa mesa com uma galera enchendo a lata, existe também a possibilidade de eu estar numa roda com mais dois ou três fumando maconha e mesmo assim não fumar.

Isso tudo é sem limite? Não! Às vezes conta do bom senso também, por exemplo, se tem crianças por perto, é de se esperar que a pessoa que vai F1 se afaste um pouco da galera, ou mesmo no caso de estabelecimentos comerciais, dependendo até em pistas públicas, para evitar que fiquem taxando a pista como boca de fumo, mas isso sempre acontece? Não outra vez, como disse, depende muito de quem está fumando, e no pior dos casos, eu pessoalmente acabo só me afastando da pessoa para não ficar inalando a fumaça, mas dificilmente iria pedir para ele sair de perto.

Só que isso tudo não quer dizer que não nos preocupamos com a saúde dos nossos amigos, são inúmeras as vezes que me disseram para largar a nicotina, ou mesmo que já aconselhei amigos a diminuir no álcool, mas a questão principal é que no final, a escolha é dele, não nossa.

Então da próxima vez que ver uma roda de skatistas e um baseado aceso, lembre-se que não são todos eles fumam, basicamente eles não são um P@# NO C# e CAGA REGRA igual muitos desta sociedade! Quer fumar? Fuma! Só não me enche o saco ou pede dinheiro para comprar! Agora acha errado fumar maconha? Parabéns, você é só mais um que dá risada vendo seus amigos e familiares enchendo o c# de cachaça e perdendo o controle, mas que é hipócrita o bastante para achar que o maconheiro sentado brisando é um perigo para a sociedade! #eusouskatista

PS.: Evitei entrar na questão legalização, drogas mais pesadas e alimentação do crime organizado, pois isto se tornaria uma bíblia, mas quem sabe em futuros textos?


Marcelo Sanzoni 

Skatista, com o trabalho em mídia no Canal Eu Sou Skatista desde 2016, militante do skate e sempre focado em divulgar a cultura e a essência do skate, transmitindo pelo menos duas lives por semana no Instagram a mais de um ano e dando voz a lendas, skatistas do dia a dia e fomentadores do skate, aquele que já entrevistou do menino do bairro até Sergio Negão e Tony Hawk, sempre por amor ao skate!.

 

Em uma cidade grande, cheia de prédios e sujeira, cheiro de esgoto e poluição sonora a ponto de a deusa do silêncio chorar de depressão todas as noites, este era o local onde vivia Claudinho, um garoto de periferia que não saía das pistas de skate. Sim, este era seu amor e sua paixão. Mal conseguia falar cinco palavras sem mencionar algo relacionado a skate, porém, quase quinzenalmente ele tinha problemas com peças que quebravam.

Agora num final de tarde de véspera de Natal, ele preferia passar a tarde com seu skate do que em sua própria casa, pois ali, sim, ele se sentia em casa.

Quase diariamente ele se sentava ao final do dia em algum banco ou canteiro e se isolava de tudo e todos, mas não hoje. Normalmente se algum conhecido se sentava próximo a ele, Claudinho quase que imediatamente saía com uma desculpa, normalmente horrível, mas era o que lhe importava. Hoje ao ver uma sombra de um homem alto se aproximando por algum motivo sua cabeça disse “Fod@-se Claudinho, não vamos sair daqui”.

O homem alto e negro se sentou ao lado dele, meio que emburrado Claudinho só foi dar aquele olhar de fod@-se e PQP!!! O cara estava usando apenas um samba canção verde e uma regata branca! Para piorar ele estava todo suado e ao chão estava uma mochila vermelha e seu skate, mas tudo o que é estranho pode piorar...

Do nada o homem lhe pergunta:
- O que foi moleque? Por que não está andando com os outros moleques?
- Te interessa? – Respondeu o menino desconfiado.
- Realmente não me interessa. – Respondeu o homem. – É que agora que o tempo está bom e sem tanto Sol, eu estaria andando ainda se tivesse sua idade.
Claudinho olha para o lado contrário meio sem jeito, porque sim, realmente ele queria estar andando mais, e então ele começou a gaguejar e disse.
- Brother, eu realmente queria estar andando, mas apesar de tudo o que sei, eu nunca soube mandar um flip, sempre o skate cai de lado ou eu chuto o skate para longe. – Disse o menino extremamente sem graça, e continuou. – Mas normalmente não tem problema, só que quando o Resmungo da rua de baixo cola na pista com os manos dele, ele pergunta se meu flip está na base, e toda vez que eu erro ele me dá um soco, aí sei lá, de verdade hoje sentei aqui pensando até se quero continuar andando mesmo, já que nem o flip eu mando.
Então ficou um silêncio... O homem olhava para cima em silêncio e neste momento Claudinho ficou puto por se abrir para um estranho e ele meio que cag@# para o que lhe foi dito e diz:
- Aê tiozão v... – Quando foi interrompido.
- Sério moleque ? – Disse o homem e continuou. – Deixa eu entender, toda vez que ele pergunta se o flip está na base você tenta mandar um flip?
- Isso. – Respondeu o menino.
- Então você erra e apanha? – Perguntou o homem com um rosto de indignação.
- Sim. – Respondeu o menino questionando já suas próprias ações sem saber o porquê.
- E imagino que você adoraria acertar um flip, correto?
- Então, na verdade eu queria acertar um nollie heel no gap, mas você sabe né? O flip tem que estar na base. – Responde o menino com um sorriso idiota no final.
- Não, não sei nada disso menor. Por que você anda de skate afinal? – Perguntou o homem num tom mais agressivo.
- Ah... – Ainda gaguejando respondeu Claudinho. – Porque eu gosto e me faz bem... – Respondeu timidamente.
-Te faz bem? Quando cheguei aqui você estava quase chorando doido! Parecia um cachorro abandonado! – Gritou o homem, mas incrivelmente ninguém que passava no momento estranhou ou mesmo olhou para a cena que ali acontecia.
- É que eu estava chateado. – Respondeu o menino com uma cara de acuado.
- Claudinho! Toda vez que o Resmungo cola aqui na pista você acaba seu rolê com essa cara, e então você é quem resmunga falando que vai largar o seu skate! Se você anda para ser aceito, é melhor desencanar mesmo e parar de uma vez, porque você deve andar para você e não por medo ou para agradar os outros! – Já falava o homem com um tom de inconformado e ao final olhando para o outro lado já.
- Tio, é que... – Gaguejou o menino com cara de choro. – Minha mãe namora um cara que toda vez que eu chego em casa ele me bate e é normal ele chegar em casa bêbado e bater em mim e na minha mãe, aí eu percebi que no skate eu esquecia de tudo isso, as pessoas aplaudiam quando eu acertava e até me abraçavam, desde que meu pai sumiu eu mal ganho um abraço...
- É isso menor, deixa o skate fluir, mas não se preocupe em agradar os outros aqui, ande por você mesmo que isso sim vai fazer seu rolê ficar pesado, e não fique dependente dos aplausos e abraços. Você também pode ser o que abraça os outros e ensina, pode ser até mais gratificante. – Disse o homem, agora com um rosto mais fraternal.
- É né, muito bonito tudo isso, mas o flip e o heel eu vou continuar errando assim mesmo, grande mer#@. – Disse o menino fechando a cara e começando a ficar sem paciência para levar sermão do homem de samba canção.
- Isso é um presente, e um ensinamento meu. Pode ir na fé, que se você tentar e for de coração aberto a trick volta. – Disse o homem sorrindo.
- É né, fácil falar, não é você que vai apanhar depois se errar mesmo né? – Questionou com um sinal de dúvida.
- Sim, sobre o Resmungo, ele tenta ter amizades mostrando que é melhor que os outros, e isso é uma coisa de otário. Quando olhar para ele, tenha pena, porque ele vai passar o resto de sua vida fazendo isso. Pode perceber que nem a banca dele é a mesma mais, é triste, mas um dia ele ainda vai abrir os olhos e entender que a vida é mais que isso. – Disse o homem com um rosto de dó. – Agora vai, tenta um flip lá no meio da pista, se você errar eu juro que deixo os pivetes baterem em mim ao invés de você. – Então passou a mão da cabeça de Claudinho e o empurrou em direção da pista.

Então, por uma força que até hoje Claudinho não sabe explicar, ele andou calmamente até o meio da pista, olhou para trás e lá estava o homem, que pela primeira vez ele percebeu como ele era alto e como estar de samba canção verde, regata branca e suado era esquisito, mas naquele momento era muito amigável por algum motivo.

Claudinho deu duas remadas ainda tímidas, e naquele momento sua mente ficou em branco, ele só enxergava seu skate e nada mais, nenhum som além das rodinhas do skate girando, nem a presença das outras pessoas na pista ele sentia mais, ele arrumou seus pés e chutou! Como em câmera lenta ele viu finalmente o skate girando embaixo de seus pés e como numa video part ele conseguia ver o shape ainda no ar encaixando perfeitamente sob seus pés antes mesmo das rodas tocarem o chão, e ao tocar o chão era como se uma alegria imensa subisse pelo seu corpo e tomasse sua consciência com pura alegria! E o mesmo naquele fim de tarde ainda aconteceu com seu esperado heel flip no gap da escadaria.

Para o Claudinho, aquelas manobras tinham sido perfeitas e altas demais! Apesar que na real foram baixinhas, mas quem anda sabe, até a sensação de pular um cabo de vassoura às vezes pode parecer um pulo de 20 metros de altura.

Então sentiu uma mão em seu ombro e a voz do homem que lhe disse:
- Agora volta para a casa e curta seu Natal com sua mãe pequeno, porque eu já descansei e posso colocar aquela roupa pesada de novo.

Quando olhou para trás ninguém estava lá, e ninguém viu ele aquele dia, e olha que o Claudinho perguntou para geral, mesmo o Resmungo disse que não tinha visto nada, mas ainda assim o parabenizou pelo flip, mas sabe como é né? O Resmungo depois ficou 20 minutos ainda tirando sarro e falando que o flip dele era mais alto.

Ao voltar para casa, encontrou um clima diferente, aparentemente sua mãe havia descoberto dias antes que seu namorado estava envolvido com uns lances pesados, e que até então estava com medo de falar algo ou de se afastar dele, mas que naquele dia estavam comentando que a polícia tinha ido visitar ele no bar e ninguém sabia o que rolou depois. Triste? Não, sua mãe parecia radiante como nunca antes e ainda recebeu Claudinho com um abraço carinhoso, sem nem comentar nada sobre seu namorado.

Estranhamente enquanto eles jantavam estava passando na TV que um skatista famoso, o Sergio Negão, estava fazendo uma apresentação especial de Natal andando vestido de Papai Noel no centro de sua cidade, e curiosamente ao subir na plataforma para acenar e mandar um feliz natal para a geral, ele retirou a barba, e naquele momento Claudinho sabia que o conhecia de algum lugar, mas ele nunca conseguiu se lembrar de onde. Mesmo toda aquela tarde, para ele havia sido uma tarde de rolê normal, como se tudo tivesse sido uma pescada de cansaço enquanto ele se apoiou num banco próximo.

Nós da equipe da Skateboarding e do Eu Sou Skatista desejamos a todos muito skate no pé e um Feliz Natal! #eusouskatista


Marcelo Sanzoni 

Skatista, com o trabalho em mídia no Canal Eu Sou Skatista desde 2016, militante do skate e sempre focado em divulgar a cultura e a essência do skate, transmitindo pelo menos duas lives por semana no Instagram a mais de um ano e dando voz a lendas, skatistas do dia a dia e fomentadores do skate, aquele que já entrevistou do menino do bairro até Sergio Negão e Tony Hawk, sempre por amor ao skate!.

 

Por Marcelo Sanzoni

A origem do skate é um debate sempre muito controverso, pois uns sabem que ele é derivado das “Scooters” outros acham que eles vieram do surf, mas de onde veio o skate afinal? Se perguntarmos para lendas do skate e estudiosos da história do skate como Guto Jimenez ou Cesinha Chaves se o skate se originou do Surf, a resposta seria categórica, “NÃO!”, assim como você pode conferir numa matéria antiga aqui do site, mas então seria que o skate se originou do Surf? Se você ainda está com esta dúvida é porque andou conversando ou lendo as coisas erradas.

E agora você diz “Olha o Sanzoni querendo colocar Click Bait no título de novo!”, e eu já te explico o porquê do título logo de cara desta vez. No dia 4 de dezembro, ou semana passada para mim enquanto escrevo, o locutor, historiador e lenda do skate nacional Guto Jimenez fez uma postagem que falava exatamente que o skate ter se originado do Surf era uma lenda fofa do skate ( voce pode ver a matéria clicando AQUI), e isso gerou um certo furor em alguns grupos de skate, chegando a xingamentos e muito mais! E para você que não clicou no link fica a dúvida, mas porque o pessoal ficou tão bravo? Aí é que vamos chegar a parte que dói falar do skate, sim, o racismo no skate ainda existe.

Aparentemente o que pegou mesmo na postagem foi o fato de que a imagem era de dois meninos negros em suas scooters, sim, eu sei que tem gente que sempre acreditou na história do Surf e reclamou por ficar confusa, mas ao mesmo tempo não, começaram a questionar o fato de ter usado a foto de dois meninos negros para ilustrar, como se estavam tentando lacrar em cima da história do skate.

Será mesmo? Bom, tivemos que testar então se era possível mesmo ainda existirem idiotas racistas no meio do skate, porque sim, ser racista automaticamente te torna um idiota. Qual foram os testes? Uma série de postagens em vários grupos, um continha um texto similar com um menino loirinho em Nova Iorque andando em sua Scooter, outra só tinha uma ilustração da evolução do skate e futuramente teve uma do próprio Guto que nem fazia parte da amostragem, mas continha um texto sobre o caos público que estava sendo criado pelas scooters.

Agora adivinha o que aconteceu? Não houve caos em nenhuma outra postagem, questionamentos leves, mas ainda assim eram poucos. E apesar de ter um percentual de skatistas das antigas que questionaram(de forma sensata e educada), começamos a analisar que a maioria dos contra a postagem do Guto, focando em questões políticas ou raciais, pertenciam a geração HStern, uma geração que sumiu por décadas e voltou agora para o skate ou só chegou agora e está querendo ditar regra para todo mundo sobre o que é o skate e como deve ser praticado.

Sério, minha revolta é de inúmeras frentes neste caso, porque ao mesmo tempo, temos racistas achando que sabem algo sobre skate, temos gente que chegou agora e está querendo ditar regra no skate e o pior, questionando pessoas que fizeram do skate o que ele é hoje e estudam e vivem o skate diariamente. Entenda, eu não quero dizer que você não deve questionar, sim, você deve sim, mas não enfiar o dedo no olho de um cara desses e tentar explicar para um cara que viveu a história do skate qual foi a origem do skate! E outra, não tem problema chegar no skate agora ou voltar a andar agora, mas entenda que você deve respeitar que tem feito a cena se manter ativa até hoje, a não ser que a pessoa venha a ser um otário com você sem razão.

Agora, vamos fazer uma postagem que agrade essa galerinha da geração HStern?

“Vocês sabiam que o skate se originou dos surfistas quando não tinha mais aguinha na bela ensolarada e loira califa, periodicamente eles colocavam sua túnicas brancas e desciam as ruas juntos de seus irmãos da KKK segurando tochas e correndo atrás dos posers que tinham aquela corzinha escura e feia. E naquela época instituíram que skatista raiz só podia ouvir Punk Rock e Hard Core, não poderia ser Gay e que meninas deviam ser delicadas e só se vestir como “Meninas”.”
E vamos aproveitar e resumir um pouco da história do skate de uma forma tosca, não se existe uma data exata para a criação do skate, sua essência vem sido moldada desde datas que antecedem 1920, que simplesmente Marty Mcfly acertou, tudo começou com Scooters ou patinetes que consequentemente quando quebravam suas caixas ou guidons acabavam virar como um skate nos primórdios, futuramente começaram a optar por nem usar os guidons ou caixas, que lá para 1950 entram os surfistas que na falta de ondas começaram a usar estes skates como substitutos, nesta época as manobras começaram a aparecer de forma mais pesada e começaram a chamar a atenção da mídia, que até então via o skate como um brinquedo qualquer, mas agora começava a ver ele como um “esporte”.

Resumindo, você tem toda a liberdade de aprender, questionar e querer aprender mais, mas você também deve respeitar aqueles que se dão ao trabalho de estudar a história do skate e repassar essa história para todos nós. Lembre-se que história são fatos e não opiniões, assim como dizem hoje, para todas essas informações existem provas e isso é o que basta. #eusouskatista

PS: Semana que vem eu volto mais light... É Natal pow!!!


Marcelo Sanzoni 

Skatista, com o trabalho em mídia no Canal Eu Sou Skatista desde 2016, militante do skate e sempre focado em divulgar a cultura e a essência do skate, transmitindo pelo menos duas lives por semana no Instagram a mais de um ano e dando voz a lendas, skatistas do dia a dia e fomentadores do skate, aquele que já entrevistou do menino do bairro até Sergio Negão e Tony Hawk, sempre por amor ao skate!.

 

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